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NOTÍCIA

Médico admite ter injetado 300 ml de produto proibido em bancária

Denis Furtado foi interrogado na noite de quinta-feira, horas após ser preso no Rio de Janeiro

Data: Sexta-feira, 20/07/2018 17:00
Fonte: Mídia News

O médico Denis Furtado confessou em depoimento à Polícia Civil ter aplicado 300 mililitros de polimetil-metacrilato, conhecido como PMMA, na bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que morreu horas depois do procedimento, realizado no Rio de Janeiro.

Denis e sua mãe Maria de Fátima Barros Furtado estão presos desde quinta-feira (19), acusados pela morte de Lilian, que era gerente de banco em Cuiabá.

O PMMA foi utilizado pelo médico para aumento dos glúteos de Lilian. De acordo com o depoimento, momentos após a aplicação, ela disse a Denis que estaria se sentindo enjoada.

A bancária então foi levada para o hospital Barra D’Or, mas, de acordo com os médicos, ela já chegou em estado grave. Lilian ficou na unidade por pelo menos 2h, mas não resistiu e morreu na madrugada de domingo (15).

Ainda conforme o médico, foram injetados 150 ml do produto em cada lado do glúteo e que todo o procedimento durou cerca de 1h15.

Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Sociedade Brasileira de Dermatologia, o uso do PMMA não é recomendado para fins estéticos. A única exceção seria o uso para preenchimento facial em pessoas com HIV/Aids, para corrigir a lipodistrofia causada pelos medicamentos, em pequenas quantidades.

Os 300 mililitros injetados pelo médico representam quase uma lata de refrigerante. 

Após a morte de Lilian, a Polícia Civil indiciou Denis e sua mãe por homicídio qualificado e associação para o crime.

Todo o procedimento médico foi realizado apartamento do médico, em uma cobertura na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

A mãe também participou do procedimento. A namorada do médico, Renata Fernandes, que trabalhava como secretária da clínica, foi presa no domingo. Ela também foi indiciada pela polícia por participação.

Ainda no domingo a empregada domestica de Denis, Rosilane Pereira da Silva, que, segundo a Polícia, emprestou o nome para a abertura da clínica, que na verdade tem autorização para atuar como salão de beleza, chegou a ser detida, mas foi liberada após prestar esclarecimentos.