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NOTÍCIA

Tesouro abre captação externa em dólares com vencimento em 2045

Essa é a segunda captação externa do governo neste ano. Em março, foram captados € 1 bilhão com vencimento em 2021.

Data: Quarta-feira, 23/07/2014 00:00
Fonte: Alexandro Martello Do G1, em Brasília

A Secretaria do Tesouro Nacional informou que foi aberta nesta quarta-feira (23) abertura de uma captação externa, ou seja, emissão de títulos no mercado internacional, denominados em dólares com vencimento em 2045. Os papéis têm cerca de 30 anos de prazo.

 

Essa é a segunda captação externa deste ao. A primeira aconteceu em março deste ano, momento no qual o governo voltou a captar recursos em euros após oito anos. Naquele momento, foram emitidos € 1 bilhão em títulos com vencimento em 2021.


Em março, a taxa de retorno ao investidor da captação externa, ou seja, quanto os investidores receberão de juros, ficou em 2,96% ao ano – abaixo da remuneração paga em 2006, na operação anterior em euros (5,44% ao ano). O spread, por sua vez, ficou em 165 pontos base acima do mid-swap de 7 anos.


Referência para empresas
Nas emissões da dívida externa do país, que não podem ser adquiridas por investidores nacionais, o governo capta recursos no mercado externo, mas tem por objetivo principal proporcionar referência para o mercado privado brasileiro em termos de taxas de juros.


Com os resultados das captações do Tesouro Nacional, as empresas podem calcular quanto teriam de pagar para fazer captações de recursos no mercado internacional. Ou seja, servem como referência em termos de taxas de juros. As captações também geram aumento da dívida externa brasileira.


Como funciona
Nas emissões de títulos da dívida pública no mercado externo, os investidores estrangeiros "compram" os papéis e pagam em dólar ou em outras moedas, como euro, ienes, ou até mesmo em reais. Na data do resgate, recebem o equivalente ao emitido no momento da captação. No meio termo, ou no fim do contrato, recebem juros.


O processo de lançar bônus no mercado internacional funciona como um leilão. Os investidores fazem sua proposta ao governo brasileiro, informando a taxa de juros e a quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro Nacional as aceita ou não.