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NOTÍCIA

Rui Prado é o único a favor de mudanças na legislação

Data: Sexta-feira, 29/08/2014 00:00
Fonte: Débora Siqueira, repórter de A Gazeta

 

Temas polêmicos como redução da maioridade penal, aborto e legalização das drogas vem à tona a cada eleições gerais e os três candidatos a compor uma vaga na bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional prometem não fugir das discussões mais emblemáticas.


O candidato Rui Prado (PSD) é a favor de punir menores com o mesmo rigor de uma pessoa maior de 18 anos, mas não defende uma idade específica. Ele propõe o uso de laudos psicológicos para determinar se o menor infrator tinha ou não consciência sobre os crimes cometidos. “Este é um assunto que merece ser discutido e enfrentado. Tem muitos crimes hediondos cometidos por menores, ele confessa e não recebe a punição mais dura”.


Rui assegurou que não vai ficar “em cima do muro” sobre esse tema e outros polêmicos em trâmite no Senado Federal. “Defendo uma ampla discussão sobre o problema da segurança pública no país, não adianta conviver com a violência. A questão da maioridade penal precisa entrar em pauta”, reforçou.


O candidato tucano pela coligação Coragem e Atitude pra Mudar, Rogério Salles (PSDB) não defende a redução da maioridade penal para todos os jovens brasileiros, mas a criação de mecanismos para endurecer a punição aos menores que cometeram crimes hediondos enquanto não atingiram os 18 anos. “Os casos de crimes hediondos, reincidentes não devem ser tratados da forma que é hoje. É preciso aumentar a responsabilização. Esse jovem que é impune quando comete atos bárbaros desmotiva a polícia e a própria Justiça”, avaliou Salles.


Se eleito senador por Mato Grosso, ele diz que vai atuar no sentido de vincular ao orçamento da União os recursos constitucionais para a segurança pública, da mesma forma que hoje é com a saúde e a educação, pois quando o governo federal precisa contingenciar recursos, os investimentos em segurança pública são um dos primeiros a serem represados.


“O governo federal precisa assumir as fronteiras. O governo do Estado mantém uns 100 policiais para vigiar mais de mil quilômetros. Essa falta de segurança estimula o tráfico de drogas. Tem delegacias na região oeste de Mato Grosso sustentadas pelas prefeituras. O Estado só manda os policiais”, comentou.


Para o deputado federal Wellington Fagundes (PR) também candidato ao Senado, a redução da maioridade penal não seria a saída para a diminuição da violência no país. “É algo muito complexo. Países como a Inglaterra, onde a maioridade penal é aos 10 anos e na Escócia que é aos 12 anos, tem uma população mais madura, diferente do Brasil que a média é mais jovem. As prisões brasileiras não reeducam ninguém. Acho que esse tema deveria ser mais discutido com a sociede em forma de plebiscito, é mais democrático”.


Fagundes defende ainda que o eleitor brasileiro deveria ser ouvido sobre temas polêmicos a cada dois anos, quando a Justiça Eleitoral realiza as eleições, já questionar o posicionamento do cidadão na urna eletrônica, como forma de orientar o legislador em fazer leis de acordo com o que a sociedade espera.