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NOTÍCIA

Bancários prometem paralisar atendimento em toda a região de Maringá

A partir de hoje, categoria entra em greve por tempo indeterminado; caixas eletrônicos funcionarão Reajuste de salários reivindicado pelos trabalhadores é de 12,5%; bancos oferecem 7,35%

Data: Terça-feira, 30/09/2014 00:00
Fonte: ODiário/ Ana Luiza Verzola

 

Greve dos bancários deve paralisar, por período indeterminado, o atendimento ao público em todas as agências de Maringá e região. Para a população em geral, que precisar dos serviços, os caixas eletrônicos estarão em funcionamento para saques e pagamento de contas. "O saque, se não for em um valor elevado, pode ser feito no terminal. Tem bancos que permitem até R$ 1,5 mil de saque por dia. No próprio autoatendimento também, as pessoas conseguem fazer transferências para outros correntistas do banco e pagamentos de contas, com o código de barras", destaca o presidente do Sindicato dos Bancários de Maringá e Região, Claudecir de Souza.



A única dificuldade pela falta de funcionários, segundo ele, será no desconto de cheque. "Mas hoje, na realidade, o volume de cheques emitidos é mínimo. O que circula, até nas operações, é o cartão de crédito e débito. Não vai alterar tanto assim para a população em geral", ressalta. Souza garante que, se depender do sindicato, não vai faltar dinheiro nos caixas eletrônicos. "Principalmente para que os aposentados e pensionistas possam fazer as operações de saque e outras que são permitidas no caixa automático", afirma.



Até a tarde de ontem não havia previsão de negociações. "Quando alguém em um processo de acordo coletivo oferece menos de um por cento de ganho real, quando a empresa ganha muito mais, realmente, é querer jogar a categoria na greve", declara o presidente do sindicato. "Tentamos evitar, mas infelizmente o movimento sindical não tem outra saída. Pedimos desculpas à população que se sentir prejudicada, mas estamos fazendo o que nos é de direito. Protestar", complementa.



Os bancários tem um histórico de greves. Desde 2004, as paralisações ocorrem na época de negociar o acordo coletivo. No ano passado, a paralisação durou 23 dias.



Neste ano, foram oito rodadas de negociação, em São Paulo, e quatro, em Brasília. As instituições financeiras propõem reajustar os salários de 7% a 7,35% e o piso de 7,5% para 8%, índices considerados insuficientes pela categoria, que reivindica um reajuste de 12,5%. Por causa desse impasse, sindicatos de pelo menos 19 Estados e do Distrito Federal optaram pela paralisação a partir de hoje. A categoria reivindica também melhores condições de trabalho, a retirada de metas abusivas, o fim das terceirizações, acabar com o assédio moral, mais contratações, entre outras.


TJ BARRA GREVE EM PRESÍDIOS

A greve do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarpen), prevista para iniciar ontem, foi suspensa, após o Tribunal da Justiça do Paraná (TJ) barrar a manifestação. A entidade foi notificada na tarde da sexta-feira: se a decisão for desrespeitada será imposta multa de R$ 50 mil, por dia, e o repasse da contribuição sindical será bloqueada.



O presidente do Sindarpen, Antony Johnson, afirma que o sindicato trabalha para derrubar a liminar e exercer o direito de greve. Os advogados da entidade estão em processo de análise da decisão para ela seja derrubada.



Na semana passada, diretores do Sindarpen se reuniram com o governador em exercício do Estado, Flávio Arns (PSDB), para apresentarem as reivindicações da categoria. "Arns propôs a criação de um grupo de trabalho. Farão parte membros da equipe do governo e do sindicato", comentou. A intenção é que o grupo se reúna diariamente nesta semana para discutir item a item da pauta de reivindicações. Sexta-feira é o prazo dado para que uma proposta de encaminhamentos seja apresentada.



O governador também se comprometeu a reforçar a segurança nas unidades mais críticas hoje do sistema penitenciário, por meio do apoio da Polícia Militar (PM) em todos os procedimentos nas unidades de Londrina II, Foz do Iguaçu II, Francisco Beltrão e Piraquara II, por tempo indeterminado.