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NOTÍCIA

PF deflagra a 13ª fase da Lava Jato e cumpre seis mandados judiciais

Operação é realizada nesta quinta-feira (21) em MG, RJ e São Paulo. Lava Jato começou em 2014 e investiga esquema de lavagem de dinheiro.

Data: Quinta-feira, 21/05/2015 00:00
Fonte: Adriana Justi Do G1 PR
 
 
Milton Pascowitch sai da sede da PF em São Paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Milton Pascowitch prestou depoimento à PF de SP
em fevereiro deste ano  (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
 

A Polícia Federal (PF) cumpre, desde a madrugada desta quinta-feira  (21), a 13ª fase da Operação Lava Jato em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Serão cumpridos seis mandados judiciais, sendo quatro de busca e apreensão, um de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento, e um de prisão preventiva.

Dos quatro mandados de busca, um foi cumprido em Itanhandu (MG), outro no Rio de Janeiro e dois em São Paulo. O mandado de condução também será cumprido em São Paulo.

Ao G1, a PF disse que o preso é o empresário Milton Pascowitch, que presta serviços à Ecovix, empresa do ramo de construção naval e offshore. Ele foi preso em casa e será trazido para a sede da PF, em Curitiba.

 

O empresário já prestou depoimento à PF em São Paulo na 9ª fase da operação. Entre os serviços prestados pela Ecovix estão engenharia consultiva e gerenciamento de obras nas áreas de indústria naval e offshore e, em particular, cascos para plataformas de petróleo, conversão de embarcações.

 

Os dois mandados de busca e apreensão cumpridos em São Paulo foram na casa do irmão de Pascowitch – José Adolfo Pascowitch.

 

Já os mandados de busca em MG e no RJ foram cumpridos em residências  de Henry Hoyer de Carvalho. Ele é ex-assessor do ex-senador Ney Suassuna e é apontado como uma das pessoas que recebeu dinheiro de Youssef por intermédio do policial federal afastado Jayme Oliveira Filho. O policial disse que entregou dinheiro "duas ou três vezes" na casa de Carvalho, no Rio de Janeiro.

 

De acordo com a PF, esta fase tem por objetivo apurar fatos criminosos atribuídos a dois operadores financeiros que atuavam juntos a contratos firmados por empreireiras com a Petrobras. Dezesseis policiais participam da ação.

 

A Operação Lava Jato foi deflagrada em março de 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Dezenas de pessoas já foram presas, entre elas estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa –  que cumpre prisão domiciliar no Rio de Janeiro e Alberto Youssef, que está preso na carceragem da PF em Curitiba e é acusado de ser o líder do esquema.

 

As primeiras 12 fases
Nas primeiras 12 fases, a PF cumpriu quase 400 mandados judiciais, que incluem prisões preventivas, temporárias, busca e apreensão e condução coercitiva (quando o suspeito é levado a depor).

 

As investigações policiais e do MPF podem resultar ou não na abertura de ações na Justiça. Ao todo, 19 ações penais e 5 ações civis públicas foram instauradas na Justiça Federal.

 

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância do Judiciário, aceitou denúncia contra mais de 80 pessoas. São alvo de ações as empreiteiras Camargo Corrêa, Sanko-Sider, Mendes Júnior, OAS, Galvão Engenharia e Engevix.

 

A última fase da operação culminou com a prisão do tesoureiro afastado do PT, João Vaccari Neto. Ele é investigado por suspeita de receber propina no esquema de corrupção na Petrobras. A esposa do petista, Giselda Rousie de Lima, teve um mandado de condução coercitiva e foi ouvida em casa.

 

Para a polícia, a fala dela não acrescentou nada à investigação. A cunhada do tesoureiro, Marice Corrêa de Lima, também foi presa, mas ganhou a liberdade dias depois.


Desde que surgiram as denúncias, no ano passado, Vaccari tem negado participação no esquema.