Fábio Galindo estabelece diálogo estreito com dirigentes de PM e PJC para trabalho conjunto das forças de segurança do Estado
Pedro Taques assina decreto sobre segurança pública Pedro Taques assina decreto sobre segurança pública.
O intercâmbio de informações combinado com a atuação conjunta das Polícias Militar e Judiciária Civil (PJC) dão o tom do novo formato da segurança, em fase de implantação em Mato Grosso. E é a atuação integrada das forças do Estado, em 15 Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs), que fazem o diferencial.
“Recebemos o relatório de estatística e o relatório de análise criminal do serviço de inteligência. A partir daí fazem o programa regional de atuação preventiva, executado pela Polícia Militar, e o programa regional de atuação repressiva, sob responsabilidade da Polícia Judiciária Civil”, explicou o secretário Fábio Galindo Silvestre, Executivo de Segurança Pública de Mato Grosso, para a reportagem doOlhar Direto.
O governador José Pedro Taques (PDT) está prestes a inscrever seu nome na história, como primeiro governador a fazer com que o Conselho de Coronéis da Polícia Militar e os Delegados do Conselho Superior da Polícia Civil falem a mesma língua, sem as desavenças do passado. O trabalho unificado vem sendo tentado, sem êxito, há pelo menos 40 anos.
“Vamos usar a mesma dimensão geográfica, a mesma dimensão territorial para isso”, destacou Pedro Taques, após lançar as RIPS.
Fábio Galindo apontou as regiões definidas para atuação: Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra, Juína, Alta Floresta, Vila Rica, Primavera do Leste, Pontes e Lacerda, Água Boa, Nova Mutum e Guarantã do Norte. Cada região fica responsável por, pelo menos, seis municípios circunvizinhos, embora algumas tenham maior abrangência.
O sonho de envolver o Ministério Público e o Poder Judiciário, respeitando a independência de cada ente, é real no seio da SESP. O próprio secretário Mauro Zaque, titular da Segurança Pública, destacou que a regionalização possibilitará, de forma precisa, o acompanhamento de cada microrregião do Estado. “Cada região tem suas particularidades e esses problemas precisam ser enfrentados de forma diferenciada, daí a necessidade de regionalizar. A integração é fundamental porque a sinergia criada quando se integra é muito grande, ninguém faz nada sozinho”, ponderou Zaque.
Fábio Galindo lembrou que, para otimizar o trabalho das RIPSs, Pedro Taques baixou decreto em que unifica os bancos de dados da Polícia Civil e da Polícia Militar. “Os carros da Polícia Civil e da Polícia Militar estarão equipados com tablets. Os boletins de ocorrência serão encaminhados para andamento pelos investigadores da PJC”, argumentou Galindo Silvestre.
“Os atendimentos acontecerão, preferencialmente, ‘in loco’. O cidadão que é vítima já passa por uma experiência terrível e Estado não pode ser um vilão, tem que ser parceiro. O registro pode ser feito pela Delegacia Virtual ou ainda a terceira opção, que é a ida até uma delegacia”, emendou o secretário executivo da SESP, que mantém estreito diálogo com o Diretor da PJC, delegado Adriano Peralta Moraes, e o comandante geral da PMMT, coronel Zaqueu Barbosa.
Neste primeiro momento, 200 tablets serão usados. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) prepara a compra de mais 300.