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Estado solicita 'pílula do dia seguinte' para o HIV

Data: Segunda-feira, 27/07/2015 00:00
Fonte: Fernanda Escouto, repórter do GD

Após a publicação no Diário Oficial da União, na última quinta-feira (24), sobre a unificação da profilaxia pós-exposição (PEP) ou ‘pílula do dia seguinte' para evitar o vírus HIV, no Sistema Único de Saúde (SUS), o Estado solicitou mais medicamentos para atender todas as pessoas que possam enfrentar uma situação de risco para o vírus.

 

Conforme a responsável técnica pelo Serviço de Assistência Especializada do Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac), Carmen Lúcia Soares, no momento o Centro possui pouca quantidade de remédios, o suficiente para os pacientes que fazem uso mensal da medicação.

 

Porém a partir da próxima semana, o Estado vai solicitar reforço no estoque. A Secretaria de Saúde aguarda por mais orientações do Ministério da Saúde. Atualmente 3 mil pessoas estão cadastradas no sistema do Cermac, mas apenas 1,5 mil fazem o tratamento para evitar o desenvolvimento da aids.

 

Antes da unificação do protocolo pós-exposição ao HIV, vítimas de violência sexual, profissionais da saúde e pessoas que tiveram relações sexuais sem proteção eram submetidas a tratamentos diferenciados. Com a divulgação do novo procedimento pelo Ministério da Saúde na última quinta-feira (23), quem for exposto a situações de risco de contágio pelo vírus passa a receber combinação de quatro remédios: tenofovir, lamivudina, atazanavir e ritonavir.

 

O novo protocolo recomenda que os medicamentos antirretrovirais utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus. O ideal é que seu uso seja feito nas primeiras duas horas.

 

Segundo Carmen, o acompanhamento do tratamento, que antes era de 6 meses, agora dura 28 dias consecutivos. Ela ressalta que os efeitos colaterais podem surgir com o uso dos remédios.

 

O Ministério da Saúde não tem estimativa de qual será o impacto da mudança. Para facilitar o acesso aos serviços, será lançado um aplicativo em dezembro com orientações sobre os postos mais próximos de distribuição.

 

Além de centros de serviços especializados no tratamento de DST/Aids, em algumas cidades antirretrovirais são fornecidos também em unidades de emergência.