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NOTÍCIA

Com saída do PDT, Pedro Taques leva secretária de Estado e metade dos prefeitos e “esvazia” o partido em MT

Data: Quinta-feira, 30/07/2015 00:00
Fonte: OLHAR DIRETO/ Laíse Lucatelli

Foto: Governador Pedro Taques do PDT e vice-prefeito de Aripuanã Junior Dalpiaz (PDT)

 

A saída do governador Pedro Taques do PDT, que deve ser oficializada nas próximas semanas, será causa um "esvaziamento" no partido. Prefeitos, secretários, presidentes do partido nos municípios e filiados seguirão o governador em sua nova sigla, ou farão acomodações em siglas aliadas – já que a tendência do PDT, sob o comando do deputado estadual Zeca Viana, é se colocar definitivamente na oposição.

 
Entre os que acompanham o governador na mudança de partido estão a secretária de Estado do Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção, Adriana Vandoni, e três dos seis prefeitos que o PDT elegeu em 2012: Marilede, de Pedra Preta; Anderson Andrade, de Vila Bela da Santíssima Trindade; e Geraldo Ribeiro, de Carlinda.



O Olhar Direto apurou que também deixarão a legenda pedetista os vice-prefeitos de Sorriso, Ederson Dal Molin; de Bom Jesus do Araguaia, Silvio Dantas; de Ipiranga do Norte, Lisandro Ferreira; de Aripuanã, Junior Dalpiaz; e o prefeito em exercício de Juruena, Raimundo Manski. 



Entre os presidentes do PDT no interior que estão de “malas prontas”, estão o de Água Boa, Dr. Mariano; de Barra do Graças, Ubaldino Resende; de Acorizal, Adelino Coracini;  de Alto Taquari, Cristine Benini; de Porto Estrela, Aroldo Varela; de Itiquira, Luciano Alves (Ticão); de Comodoro, Climério Dutra; de Rosário Oeste, Alex da Farmácia.



O primeiro suplente de vereador de Cuiabá e ex-secretário de Saúde, Werley Peres, também acompanha Pedro Taques na mudança de sigla. Porém, outros parlamentares não vão se desfiliar por enquanto, porque correm o risco de perderem o mandato em função da lei de infidelidade partidária. É o caso do deputado estadual Leonardo Albuquerque e os vereadores por Cuiabá Renivaldo Nascimento e Adevair Cabral.



O governador e os prefeitos, por sua vez, têm liberdade para mudar de sigla devido a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida em maio, que assegura aos detentores de cargo majoritário a manutenção do mandato em caso de mudança de partido. 



Por isso, os parlamentares esperam a abertura de uma "janela" para poderem sair do PDT. Essa janela pode vir com a aprovação da reforma política no Congresso Nacional, ou por meio da criação de um  novo partido. Nesse caso, o PL, cuja recriação em Mato Grosso está sendo capitaneada pelo vice-governador Carlos Fávaro (PP), será uma opção para acomodar os aliados.



Tendência é PSB

A tendência de Pedro Taques é se filiar ao PSB, embora as negociações com o PSDB também tenham avançado bastante. O espaço para se projetar no cenário nacional dentro do PSB e a afinidade com líderes do partido em Mato Grosso, como o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, pesam na escolha de Taques.



Os principais motivos que levam o governador a deixar o PDT, onde iniciou a carreira política, são o rompimento com o presidente estadual, Zeca Viana, e as divergências nacionais, já que a sigla continua na base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), enquanto Taques sempre se pautou por uma agenda de oposição.