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'Bela vitória', diz Temer sobre redução da meta fiscal pelo Congresso

Presidente em exercício falou rapidamente com jornalistas no Planalto. Na madrugada desta quarta, Congresso autorizou déficit de até R$ 170,5 bi.

Data: Quarta-feira, 25/05/2016 00:00
Fonte: Filipe Matoso Do G1, em Brasília
 
 

O presidente em exercício Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (25), após participar de cerimônia no Palácio do Planalto, que considerou uma "bela vitória" a aprovação, pelo Congresso Nacional, da proposta enviada pelo governo de revisão da meta fiscal.

 

Em votação simbólica, deputados e senadores aprovaram, na madrugada desta quarta, o projeto que revisa a meta fiscal e autoriza um déficit de R$ 170,5 bilhões para as contas públicas neste ano.

 

"Eu falo com vocês depois, porque ontem nós ficamos assistindo até as 4h30. Foi uma bela vitória", declarou Temer ao deixar o Salão Oeste do Palácio do Planalto.

 

Se confirmado esse déficit ao final do ano, será o pior resultado da série histórica iniciada em 1997. A aprovação foi por votação simbólica (sem a contagem de votos no painel eletrônico) após mais de 16 horas de sessão.

 

A aprovação da meta era considerada essencial pela equipe econômica do governo do presidente em exercício Michel Temer porque, sem essa permissão para fechar o ano com déficit, várias despesas teriam que ser cortadas, o que afetaria investimentos e programas sociais.

 

Segundo a equipe econômica, a meta de até R$ 170,5 bilhões é um "teto". O objetivo é que o rombo fiscal seja menor do que este valor neste ano. Inicialmente, o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, havia pedido uma revisão da meta fiscal, para autorizar déficit de R$ 96 bilhões.

 

Na última sexta-feira (20), a equipe econômica do presidente em exercício, Michel Temer, apresentou projeto revendo esse valor para R$ 170,5 bilhões.

 

Se o Legislativo não aprovasse a mudança na meta, o governo teria que cumprir a meta já aprovada para o ano com previsão de superávit de R$ 24 bilhões. Na prática, em meio a momento de crise econômica e com cenário de menor arrecadação, isso pode paralisar a máquina pública.