Editorial - 06/04/2021 17:20

Nexa incentiva a pluralidade e quer 50% da mão de obra do Projeto Aripuanã formada por mulheres

 

Operar equipamentos pesados, planejar lavra, realizar inspeções em campo e liderar equipes. Tradicionalmente masculino, o setor mineral está cada vez mais sendo ocupado pelas mulheres em todos os níveis de operação, onde não há atividade que elas não possam exercer.

Nos últimos anos, as mulheres vêm conquistando cada vez mais espaço na mineração, setor que foi predominantemente masculino por muito tempo. É com essa diretriz que a mineradora Nexa, que opera no Brasil e no Peru, se tornou signatária de uma carta compromisso para ampliar e fortalecer a presença das mulheres na mineração, aderindo ao movimento Woman In Mining Brasil (WIM Brasil) no ano de 2019. 

Lugar de mulher é onde ela quiser

Aos poucos e com muita competência, elas vencem preconceitos e passam a ocupar cargos não apenas administrativos, mas também operacionais e gerenciais, reforçando a máxima de que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive na mineração. É o caso da engenheira química e mestre em treinamento mineral, Juliana Siqueira, 34 anos, que veio de Minas Gerais para Aripuanã, atraída pela oportunidade de crescimento profissional oferecida pela Nexa. Hoje, ela assume a posição de gerente de beneficiamento do Projeto Aripuanã, após passar por diversas áreas na empresa. A rotina de Juliana é puxada. Às 6h, a engenheira química já está de pé, passa o café e arruma os acessórios para mais um dia de trabalho. Na mochila, o capacete e os abafadores de ouvido dividem espaço com o estojo de maquiagem.  

É com orgulho que ela faz uma retrospectiva de sua trajetória profissional na empresa.

“Eu entrei na Nexa há 10 anos, como estagiária, e foi onde consegui construir uma carreira sólida. Fui contratada como analista de laboratório, engenheira química júnior, depois sênior e pleno, até assumir a coordenação de produção e, em seguida, o cargo de Gerente de Planta no Peru”. 

Juliana acredita que sua experiência pode servir de inspiração para que outras mulheres sigam esse mesmo caminho.

 “Não é pelo gênero que se mede a competência.  Quem vai definir se você quer atuar ou não na área, é você mesma”, ensina a engenheira.

Mudança cultural

Um novo olhar sobre o papel da mulher no mercado de trabalho, aliado aos avanços tecnológicos no setor mineral, possibilitam uma maior inserção de mão de obra feminina na mineração. Em Aripuana, a Nexa deu um importante passo nessa direção, ao firmar parceria com o Senai-Mato Grosso, para desenvolverem o Programa de Qualificação Profissional, voltado para formação de jovens e adultos do município e região.

 

A participação feminina nessas qualificações tem sido expressiva.  Das primeiras 500 vagas ofertadas, 54% foram preenchidas por mulheres. Uma delas é Jeiciele Helman Bissotoli, 27 anos, que ingressou no curso de Auxiliar de Sondagem, em 2019. Nascida em Pimenta Bueno (RO), Jeici, como gosta de ser chamada, chegou aos 12 anos em Aripuanã acompanhada pelos pais, atraídos pela agricultura familiar. Formada em Língua Portuguesa e Literatura, concluirá este ano a especialização em Arte Literária. Ela adora ler e desenvolveu o gosto não só pela leitura, mas também pela geologia. Atualmente, não vê o passar das horas trabalhando no Galpão de Geologia, em Aripuanã. Prestes a completar um ano na Nexa, a jovem ocupa o cargo de Operadora de Geologia.

“Hoje eu estou fazendo o que gosto, cresci na empresa, ganhei experiência e sou tratada com igualdade.  Muitas de nós, por não conhecer a mineração, se assustam. Mas nós mulheres somos fortes e guerreiras e a mineração não é pesada, se fosse, eu não estaria aqui”, afirma a Operadora de Geologia. 

Pluralidade e sustentabilidade: legados para as novas gerações

 A visão de sustentabilidade em todos os processos operacionais é uma das prioridades da Nexa. Essa premissa permeia o trabalho de todos os profissionais que atuam na implantação do Projeto Aripuanã, a exemplo da jovem Técnica de Meio Ambiente Edivânia de Carvalho Santos, 20 anos. Casada com um colaborador de uma das terceirizadas da Nexa, Edivania conta que, como toda mulher que aposta em crescer profissionalmente, almeja evoluir na empresa e também estimula outras mulheres para que busquem seu lugar no mercado de trabalho.

“É desafiador e gratificante ver tantas mulheres hoje inclusas nesse meio. Minha mensagem para as mulheres é que venham para a mineração. Nós mulheres podemos tudo”.

Elas mineram, inspiram e lideram na mineração

A carioca Jorgiane Domingues, 45 anos, recém chegada à Aripuanã, se diz encantada com as belezas da região. É gerente da área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO), uma das mais estratégicas da companhia.

Carismática, e com forte espírito de liderança, Jorgiane, lidera uma equipe de 14 profissionais e uma de suas metas é contratar no mínimo 50% de mão de obra feminina para a operação do Projeto Aripuanã. Os dados são animadores. Segundo a gerente de DHO, atualmente a empresa conta com mais de mil colaboradoras próprias atuando no Brasil e no Peru. Em Aripuanã, se somarmos o público próprio e prestadores de serviços, o quantitativo de mão de obra feminina empregada chega a 300 profissionais, muitas delas ocupando vagas de liderança ou que antes eram percebidas como exclusivamente masculinas.

Para Jorgiane, ser uma mulher na mineração, é desafiador, mas também uma oportunidade de realizar sonhos. O recado de Jorgiane para as mulheres não poderia ser outro: “Caso desejem, sigam o caminho da mineração, sem pensar em restrições”.

Projeto Aripuanã emprega mais de 300 mulheres 

Histórias de mulheres como Juliana, Jeiciele, Edivânia e Jorgiane abrem caminhos e espaço para que essas iniciativas, voltadas para a inclusão e a pluralidade, também permitam a promoção de ambiente cada vez mais colaborativo, produtivo e inovador, além de mais atrativo para novos talentos.

“É impossível pensarmos a mineração do futuro sem uma presença ampla e efetiva das mulheres. A Nexa caminha nessa direção”, finaliza Jorgiane.

Todos os protocolos e medidas preventivas contra a covid-19 foram seguidos na produção deste material. Algumas imagens foram produzidas antes da pandemia