Fonte:IG/ Severino Motta-enviado a Aripuanã
Fotos:topnews
Secretário de governo do município disse que maior atuação da entidade poderia prevenir invasões indígenas.
O secretário de Governo de Aripuanã, João França, disse ao iG que a Fundação Nacional do Índio (Funai) “não existe” no município, onde 30% das terras são indígenas. De acordo com ele, uma maior atuação da entidade poderia impedir que invasões como a que ocorreu na usina hidrelétrica de Dardanelos se concretizassem.
“A Funai não existe hoje. Não vemos ela num município onde 30% é área indígena. Ela só vem quando há invasão e para negociar. Aqui ela é ausente, só há um funcionário e sem poder. A Funai deveria impedir que esse tipo de coisa [invasões] acontecesse, para que não chegasse a esse ponto”, disse.
O secretário ainda criticou a espécie de zona cinzenta legal que vivem os índios do município. Ao mesmo tempo que frequentam a aldeia vão à cidade e sobrecarregam os serviços públicos. “Fazem até pedágio em alguns locais, os cidadãos têm de pagar e nós não podemos fazer nada”, disse.
A assessora da coordenação de gestão ambiental da Funai, Vivian de Oliveira, disse que sua entidade é contrária às invasões. Mas ressaltou que os índios devem lutar para garantir seus direitos.
“A Funai não é conivente com esse tipo de tomada de empreendimentos, mas tendo em vista que os índios têm autonomia para decidir sobre seus próprios destinos e quereres, o papel da Funai é acompanhar e garantir que esses direitos sejam atendidos.”