ARIPUANÃ, Sexta-feira, 18/04/2025 -
Fonte:odocumento
Símbolo de poder e beleza, o diamante continua a exercer fascinação sobre as pessoas. Para tanto, no Brasil, os Estados mais ricos em diamantes são: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná. Em Mato Grosso, desde os primórdios da colonização, o diamante teve importante papel na ocupação e colonização de muitas cidades, como, por exemplo, Alto Araguaia, Barra do Garças, Diamantino, Itiquira, Juína, Paranatinga, Poxoréu, entre outros lugares.
Segundo o presidente da Cooperativa dos Produtores de Diamantes de Juína (Cooprodil), Robson Moreira, o município é o maior produtor nacional de diamante destinado à industria, respondendo por mais de 30% da produção brasileira. “Nos áureos tempos, o município chegou a responder por mais de 90% da produção nacional de diamantes industriais. Atualmente, Juína é a cidade que mais exporta diamante”, disse.
O presidente da Cooprodil explicou que a exploração das ricas jazida de diamante é feita no município de Juína (localizado a 740 km de Cuiabá) por meio do Sistema de Certificação Processo Kimberley (SCPK), que assegura a origem do diamante.
Vale ressaltar que o SCPK foi implantado no Brasil em 2003, sendo um mecanismo internacional de certificação de origem de diamantes brutos com a finalidade de evitar a comercialização ilegal dessas pedras preciosas e também de impedir o financiamento de conflitos pelo seu comércio.
“O certificado Kimberley é importante para que o trabalho de exploração desses minerais seja feito com responsabilidade”, afirmou Robson Moreira, que participou da abertura da VII Reunião Plenária do Fórum Brasileiro do Processo Kimberley (FBPK), realizada entre os dias 5 e 6 de agosto, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, Mato Grosso.
FÓRUM DO DIAMANTE
O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat) promovem o Fórum Brasileiro do Processo Kimberley Perfil do Diamante no Estado de Mato Grosso.
Vários assuntos serão debatidos no evento, entre eles, produção e comércio de diamantes brutos no Brasil; evolução dos contratos de parceria instituídos pelo Estatuto do Garimpeiro; o Processo Kimberley no âmbito do Comércio Internacional e as atividades da Polícia Federal em relação ao Processo Kimberley.
De acordo com o presidente da Metamat, João Justino Paes Barros, o Fórum Brasileiro do Processo Kimberley fortalece o Brasil no cenário mundial, uma vez que o Estado de Mato Grosso é rico na comercialização de diamantes. “O país tem um grande potencial mineral, mas é preciso que o trabalho de exploração de jazidas de diamantes seja feito através de certificado Kimberley”, completou.
A coordenadora da Diamond Development Initiative International (DDII), Dorothée Gizenga, destacou que todos os anos, o fórum reúne representantes de toda parte do Mundo com o objetivo de discutir a aplicação do certificado Kimberley. “O diamante contribui para a economia brasileira. Mato Grosso, por exemplo, é um Estado que a exploração desses minerais contribui para economia do Brasil e do Mundo. Entretanto, é necessário que o país ajuste a linha de exploração dos diamantes por meio de certificado Kimberley”, declarou.