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NOTÍCIA

Presos se rebalaram em Juina e fizeram agente prisional de refém

Data: Segunda-feira, 15/03/2010 00:00
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Fonte:juinanews

O agente prisional Rafael Costa 27, contratado há 90 dias para trabalhar na Cadeia Pública de Juína, foi mantido refém por duas horas e meia na noite desse domingo, dia 14.  O agente ficou todo tempo amarrado em poder de 15 presos da ultima cela da ala esquerda.

Rafael foi pego no momento em que foi trancafiar as celas. Segundo os próprios presos, a atitude foi para repudiar a precariedade no atendimento médico e nas refeições servidas diariamente a eles “ontem só veio arroz, feijão e jiló” contou um preso.

Para auxiliar as negociações, foram chamados o Juiz de direito Alexandre Delicato Pampado, que fez intervenção a todo momento com os presos,  e o Comandante Adjunto do CR VIII, Capitão PM Vasconcelos. A promotora criminal Janine Barros e o delegado municipal José Carlos acompanharam de perto toda a negociação.
O clima chegou a ficar tenso, e toda área da cadeia foi cercada por policiais civis e militares. Encapuzados os presos não aceitavam as propostas da Polícia Militar e do Juiz,em  libertar o agente. Durante as negociações foi apresentada ao juiz uma lista de reivindicação.

Por volta das 20h30m, solicitaram a presença da TV Mundial Juína, Afiliada a Rede Record, e diziam que iriam libertar o refém.  No inicio da rebelião, a TV Record foi proibida de entrar no interior da cadeia pública. Em cima no telhado uma intensa negociação, de um lado o juiz Alexandre, do outro, em baixo, os presos com o agente mantido como refém.

As negociações não tiveram êxito, e após exigência dos reeducando a emissora foi chamada para acompanhar as negociações no interior da cadeia. Dentro da unidade prisional, a polícia e o juiz propuseram a eles libertar o refém, entrar na cela e trancar o cadeado.

Depois de horas de insistência da Policia, os rebelados constataram a presença da imprensa, entraram na cela e libertaram o refém, já por volta das 23h. Rafael aparentava estar bastante abalado, com pequenos hematomas foi encaminhado ao pronto socorro municipal para atendimento médico.

Apesar dos presos se rebelarem ninguém ficou ferido, o diretor da unidade prisional não foi visto no local.

A última rebelião foi registrada em outubro do ano passado, os presos atearam fogo em colchões, roupas, mesas e máquinas de lavar roupas, na ocasião reivindicavam a falta de água na unidade prisional.

 No dia seguinte através de uma revista feita pela PM e agentes, foram encontradas mais de 50 porções de substancia aparentando ser pasta base de cocaína, além de celulares.