Fonte:gazetadigital
A Páscoa é uma data festiva que faz a alegria de crianças e adultos já que as confraternizações em família costumam ser adoçadas com muito chocolate, um alimento que desperta paixões e polêmica em igual proporção. Rico em vitaminas, minerais e magnésio é uma excelente fonte de energia. Os ansiosos e apaixonados sempre encontram alívio no chocolate, que tem a capacidade de elevar os níveis de serotonina e endorfina causando sensação de bem estar, promovendo disposição e evitando a depressão. O alimento também possui flavonoides, antioxidantes, que impedem o colesterol (LDL) de acumular nas artérias e combate os radicais livres que provocam o envelhecimento precoce.
"Embora seja rico em nutrientes, o consumo deve ser moderado. Ganho de peso e distúrbios gastrointestinais como diarréia, náuseas e vômitos são algumas das consequências do abuso", alertou o endocrinologista Sergio Vencio. Segundo ele, o doce deve ser evitado por crianças com menos de um ano e o consumo diário não deve ultrapassar 30 gramas de chocolate ao dia.
Embora calórico, o chocolate saboreado com moderação faz bem para o corpo e para a mente. "Ele contém nutrientes como cálcio, fósforo, proteínas e outros minerais necessários ao organismo e é fonte de antioxidantes (especialmente o amargo) que combatem os radicais livres e ajudam a diminuir o colesterol", explicou o endocrinologista, acrescentando que o chocolate também leva ao estímulo à produção de serotonina, o que promove bem estar e alivia a tensão. Porém a sua ingestão em excesso atrapalha e muito o emagrecimento e pode levar a dependência psicológica.
Alergias e intolerância - Existem pessoas que possuem sensibilidade aos componentes do chocolate, que pode se manifestar na forma de eczemas na pele, insônia e enxaquecas, além de diarréia em razão do alto teor de gordura e açúcar. Para os que apresentam os sintomas, a solução é limitar o consumo ou eliminá-lo da dieta, alerta a nutricionista Sheila Silva Castro, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, em São Paulo.
Em caso de abuso do doce pelas crianças pode ocorrer diarréia, o que leva a necessidade de suspensão imediata da guloseima e hidratação da criança com líquidos. "Se houver desidratação, deve-se procurar um hospital", avisou o endocrinologista. "O ideal é ingerir quantidades pequenas ao longo dos dias, para não haver alteração no apetite, pois as crianças precisam de outros alimentos e não devem deixar de fazer as principais refeições. Para os adultos, a recomendação é a mesma, muita cautela", orientou Sheila.
Maior precaução e vigilância devem ter os pais de crianças com alergia a algum dos componentes do chocolate. "Nesses casos, deve-se parar de consumir e procurar orientação médica", observou o endocrinologista. Sintomas como coriza, urticária, tosse seca e mal estar devem ser monitorados para alertar sobre o limite da ingestão. Aqueles que têm intolerância à lactose podem procurar ovos de chocolate amargo e meio amargo.
Já os diabéticos podem recorrer aos ovos diet. "Mas o consumo deve ser bem moderado, porque ele tem uma quantidade de gordura maior do que o ovo tradicional", avisou o médico. Crianças com diabetes tipo 1 devem ter uma atenção redobrada. "O excesso de açúcar, no caso em questão, do chocolate em diabéticos tipo 1, pode induzir a um quadro conhecido como Cetoacidose diabética, com altíssimas taxas de glicemia, desidratação e até eventual necessidade de internação em UTI".
Os portadores de doença celíaca, que é a intolerância permanente ao glúten, devem redobrar a atenção aos rótulos, pois muitos chocolates podem conter adição de cereais e glúten. O alerta também é válido para quem possui intolerância à lactose - açúcar do leite. Uma boa opção para ambos os casos são os chocolates feitos à base de pó de soja.