Delegados podem entrar em greve em MT

Nesta terça-feira (17) as visitas nos presídios de Mato Grosso estarão suspensas por 24h. Isto porque cerca de três mil servidores penitenciários de Mato Grosso vão paralisar as atividades, seguindo as orientações do Fórum Sindical do Estado. Com a paralisação, o recebimento de presos nas unidades estará suspenso.

A decisão foi tomada durante assembleia na tarde de ontem (13) que discutiu a decisão do Governo de Mato Grosso em não realizar o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) aos servidores de todas as categorias em maio.

De acordo com o presidente do Sindspen-MT, João Batista, uma greve não está descartada. “Por enquanto ficou deliberado que vamos aderir à paralisação estadual, mas estamos em estado de assembleia permanente e a qualquer momento podermos deliberar pela greve”.

Segundo Batista, todos os servidores estarão nas unidades e vão garantir a segurança e a alimentação dos presos, mas as demais atividades serão todas suspensas. Ele ressalta que os servidores não concordam com o não pagamento do RGA e caso o governo não apresente propostas, uma greve será inevitável.

Outra categoria que se reuniu ontem em assembleia foi a dos delegados. O sindicato ouviu durante a tarde o posicionamento do governo que foi apresentado pelo secretário de Gestão, Júlio Modesto e, ao fim da tarde, deu início a assembleia.

O sindicato que representa a classe não permitiu que a imprensa acompanhasse a assembleia. Até o fechamento dessa edição, eles ainda estavam reunidos.

Modesto afirmou que durante a conversa com os servidores deixou claro que o Governo não fechou as portas para negociação e que está procurando formas de atender os anseios dos servidores. “Expliquei o momento pelo qual o Estado está passando e que até então ainda não temos uma solução para o pagamento do RGA, mas que estamos procurando formas de conseguir”.

 Sobre a possibilidade de greve, colocada pelos servidores, o secretário enfatizou que “greve não é bom pra ninguém”, e se realmente acontecer poderá prejudicar a receita, já que Estado irá parar. “A máquina pública para de funcionar e isso gera prejuízo ao Estado e ao próprio servidor, isso por que na hora que a receita cair, a dificuldade posta hoje aumenta e a dificuldade para honrar a folha, que é a grande determinação do governador Pedro Taques, vai ser maior”.