ARIPUANÃ, Domingo, 12/05/2024 -

NOTÍCIA

Mães fazem manifesto em frente ao MPE e prefeitura, e pedem continuação das aulas presenciais em Juína

O movimento criticou a notificação da promotoria de justiça que recomendou a suspensão das aulas presenciais na rede pública e privada do município

Data: Quinta-feira, 25/03/2021 09:05
Fonte: JUÍNA NEWS

Aconteceu na tarde desta quarta-feira (24) uma manifestação em forma de protesto em frente à sede do Ministério Público Estadual, de mães que pediram a continuidade das aulas presenciais na cidade de Juína, MT.  O movimento intitulado “mães em ação” teve como objetivo chamar a atenção do MPE, que notificou nesta terça-feira, o prefeito de Juína Paulo Veronese e o secretário interino de saúde Geremias Da Silva Lima para que as aulas das escolas públicas e da rede privada sejam suspensas devido ao fato do município entrar no risco 'moderado' de registros de casos da Covid-19. O movimento foi unanime e pede uma explicação da promotoria de justiça porquê da notificação para que as aulas presenciais sejam suspensas.

Munidos com cartazes o movimento fixou dois nas grades da sede da promotoria de justiça com os seguintes dizeres: “Retorno as aulas sim”, já em outro dizia: “Mães em ação. Apoio das aulas em Juína, MT. Criança Feliz é criança feliz”.

Inconformada com a notificação do MP, a senhora Mirlei Alarcão Moraes, falou com a reportagem do Juína News e disse que o objetivo do manifesto é para que não fechem as escolas que já estão abertas, pois é importante a permanência das crianças na escola após um ano todo de aulas online, sendo que com o retorno das aulas no ano de 2021 as crianças estão felizes e menos estressadas, obesas e abatidas, e opinou sobre o perigo do vírus que no ponto de vista dela ficará por vários anos, onde toda sociedade tem que aprender a conviver com o vírus e o lugar das crianças é na escola que foram adequadas conforme as exigências da vigilância sanitária.

Jonhn Wesley Rocha único pai presente desabafou contra a notificação do promotor Marcelo Linhares e questionou o porquê, da suspensão das aulas que vem acontecendo a três semanas, uma vez que a escola é um lugar seguro para as crianças, onde as escolas adotaram todos os procedimentos de adequação exigidos não havendo quaisquer perigo de contágio para os alunos, e ressaltou que o acordo existente entre a promotoria de justiça e o chefe do executivo se daria apenas se o risco de contágio fosse agravado, fator que segundo ele não aconteceu de forma tão anormal.

Outra mãe de aluno a senhora Juliana Porcíuncula,  disse que o prejuízo maior é o estado emocional dos alunos que perderam a convivência com os colegas, e que na questão do aprendizado envolve toda a questão de um interação social que precisa ser revista, pois os pais querem saber em que o representante do Ministério Público se baseou para pedir a suspensão das aulas presenciais, pois até o momento não há comprovações que as crianças desenvolvem o vírus, e que durante um ano todo as crianças já foram prejudicadas, enquanto nos bares e beira de rios há grande fluxo de aglomerações sem que haja fiscalização.

Depois do manifesto em frente à sede do MPE, o grupo se dirigiu até a prefeitura municipal e foi recebido imediatamente pelo prefeito Paulo Augusto Veronese.

Em entrevista, Veronese disse que foi firmado um acordo com as escolas que estão em atividades presencias e um trabalho de acompanhamento está sendo feito, e as crianças tem tido muito mais cuidado com a pandemia, mantendo distanciamento social e obedecendo todos os requisitos exigidos, e disse ainda que do momento em que o decreto municipal liberou as aulas presenciais, houve uma mudança na classificação de risco, onde o mesmo passou de baixo para moderado, mas na última quarta-feira com a mudança de risco que se deve ao aumento de números de casos, ele (promotor) resolveu suspender as aulas presencias, no entanto, o chefe do executivo se mostrou adverso ao pedido do promotor de justiça e disse que pretende buscar uma trégua de tolerância até a próxima terça-feira, observando o comportamento do risco, onde no caso do mesmo não voltar ao nível baixo, será necessário acatar o que está amparado em lei e suspender as aulas.

Covid-19

O boletim epidemiológico de hoje na cidade de Juína registrou 2159 casos confirmados, 2033 pacientes que se curaram e 72 óbitos da doença.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde desta quarta-feira (24.03), 294.974 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 7.095 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado.

Já os números no Brasil são assustadores com 300.000 mortes. Trezentas mil. Este é o tamanho da tragédia brasileira em um ano de pandemia da Covid-19.