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Delegado diz que testemunhas apresentam versão diferente da grávida acusada de matar pai e filho a tiros no Nortão

Data: Sexta-feira, 28/10/2022 11:01
Fonte: Só Notícias/Kelvin Ramirez

O delegado de Polícia Civil, José Getúlio Daniel, confirmou que todas as testemunhas presentes no dia do assassinato a tiros de Genuir de Barros, 67 anos, e do filho dele, Marcelo de Barros, 37 anos, no último sábado, em Terra Nova do Norte, foram coletadas. Sem dar maiores detalhes, o delegado revelou que depoimentos dos familiares apresentarem contradição em relação da acusada de efetuar os disparos, Bruna Tatiane Evangelista Felski, de 26 anos. 

“Terminamos as oitivas e interrogatórios de todas as partes envolvidas, há algumas perícias para ser entregues, estamos dentro do prazo e estamos aguardando os peritos entregarem, pois eles têm um prazo legal para realizar a entrega dos laudos. Temos depoimentos contraditórios até o momento recebidos, dos familiares das vítimas. Eles confirmam fatos divergentes apresentados pela investigada (Bruna)”, explicou. 

“O objetivo da Polícia Civil é esclarecer os fatos e isso será realizado. É aguardar, temos um prazo para realizar o término e, assim que terminar, conseguiremos apresentar a sociedade e aos poderes públicos (MP e judiciário). Estamos analisando com calma os próximos passos dessa investigação, que é sensível especialmente pela peculiaridade das pessoas envolvidas. Gestante próxima do parto, pessoas com idades avançadas, uma das partes está com 77 anos, além dos sentimentos aflorados”, destacou Getúlio. 

Por fim, o delegado voltou a afirmar que não está descartada uma reprodução simulada do caso. “Juntamente com o Ministério Público e Poder Judiciário nós analisaremos qual será o próximo passo da investigação. Temos o artigo 7 do código penal da reprodução simulada dos fatos, desde que ela contrarie os bons costumes e a ordem pública. É um caso notório que temos que ter precauções para não abalar ainda mais as vítimas que acabaram se envolvendo nesses fatos criminosos”, concluiu. 

Conforme Só Notícias já informou, o depoimento de Bruna foi na terça-feira, por quatro horas, alegou que atirou para “defender sua vida e do filho”. Sua defesa manifestou que, “a partir do momento em que descobriu as traições do marido com a mulher (suposta amante) vinha tentando restaurar sua família, já que ele se mostrou arrependido”. Bruna revelou que “ao passar em frente à casa da mulher (suposta amante), pode ver seu pai sentado em frente à residência, onde parou juntamente com sua mãe para lhe pedir para falar para a mulher parar de enviar mensagens a seu esposo, pois está gestante e tentando reconstruir sua família”. Segundo Bruna, a mãe da mulher “saiu bastante alterada de dentro da casa, proferindo palavrões e ofensas contra Bruna e iniciou uma discussão no sentido de defender a filha”. “Que após o esposo ter sido comunicado pela mulher que Bruna estava em sua casa, este apareceu no local junto com o pai de Bruna”, aponta a  defesa. “Quando todos já estavam entrando em seus veículos para irem embora, o irmão da mulher (Marcelo de Barros) saiu bastante exaltado e agressivo”,  teria agredido a mãe de Bruna e, em seguida, o pai.

A defesa também aponta que Bruna foi ao carro de seu esposo, temendo por sua vida e pela vida de seu pai, pegou “a pistola de Rodrigo e disparou contra o irmão da suposta amante. De imediato, o pai de Marcelo, vai em direção a Bruna, que, para defender sua vida e a vida de seu filho, dispara”. Em seguida, ela relata que soltou a arma no chão, quando começou a ser agredida pela mulher que estaria tendo o caso com seu marido, onde derruba Bruna no chão e sobe em sua barriga, fazendo quase desmaiar, quando então seus pais retiram a mulher de cima de Bruna, entram no veículo com Bruna e saem do local”, acrescenta a defesa da investigada.